segunda-feira, 16 de março de 2009

Qual é o limite da Igreja Católica?


Após milhares de anos de anos de uma briga que se destina a ser eterna, cientistas e religiosos ainda duelam, sempre buscando chegar à verdade absoluta. Cada qual com sua razão, as discussões atravessaram séculos e, com frequencia, nos deparamos com novas descobertas cientificas e feitos, supostamente divinos.

Os religiosos, que creem em Deus como a verdade absoluta, lutam para manter seus ideais e crenças, muitas vezes polêmicas, como o caso que presenciamos recentemente da menina de 9 anos que após ser estuprada e engravidada por seu padrasto, sofreu aborto em função dos altos riscos da gravidez. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, condenou a ação proposta pelos médicos e os excomungou da Igreja, junto com a mãe da menina, mesmo ciente de que os riscos para a criança eram evidentes.

Um país com maioria absoluta de católicos passou a questionar a postura da igreja. O caso ganhou a mídia e, de muitos lados, o arcebispo foi criticado.

Afinal, o que é mais importante: preservar uma futura vida? Ou a que já existe?

A menina não teve culpa do que aconteceu, tampouco sua mãe e os médicos. Mas ainda assim o aborto foi condenado pelo arcebispo. Aí questionamos: até que ponto, no mundo em que vivemos, a Igreja pode se mostrar superior a verdade do homem e da sua realidade sócio-político-econômica? Até que ponto as crenças religiosas da maior parte dos brasileiros são coerentes?

A verdade racional nunca se contrapôs tanto à verdade divina. Vivemos o tempo de mudanças religiosas? Afinal, quem tem razão: o arcebispo ou os médicos? A religião ou a ciência?


Foto: Cementerio de la Recoleta - Buenos Aires

Um comentário:

Marc Sousa disse...

É João, as velhas práticas dogmáticas da igreja são incompreensíveis nos dias de hoje, mesmo assim ainda há cegos que seguem essas opiniões.

Parabéns pelo post, e falando nisso tem novidades no meu blog, se puder da um pulo lá e claro comente.

Abraço