Por outro lado, devemos considerar que, por aqui, a situação anda muito melhor do que poderíamos imaginar. O Brasil foi um dos países que menos sofreu com o tsunami financeiro que inundou o mundo e, apesar da expressiva, porém inevitável queda do Ibovespa, a bolsa brasileira mostrou sua força e hoje opera em números que poucos imaginavam que pudesse ser possível.
Quem não mexeu em suas posições após o início da crise e investiu nas baixas históricas aproveitou o tsunami para surfar a onda dos sonhos de qualquer investidor. A PETR4, por exemplo, que no ápice do colapso chegou a ser negociada na faixa dos R$15,00, hoje gira em torno de R$33,00. Papéis menos líquidos, como a TEND3, também tiveram um desempenho surpreendente e deram muitas alegrias a seus acionistas. A construtora foi uma das que mais subiram nesse período – passou de míseros R$0,76, em novembro de 2008, para atualmente girar na faixa dos R$5,00.
O fato é que crises sempre existiram. E, enquanto o sistema capitalista prevalecer, elas sempre existirão. Portanto, o que nos resta é aprender a lidar com elas. Para você ter uma ideia, desde o surgimento do Ibovespa, em 1968, passamos por nada menos do que 14 crises consideráveis. Há quem diga que a paciência é a maior virtude de um homem e pode ter a certeza de que a mesma regra se aplica ao investidor.
Guarde estas palavras de Alexander Elder, brilhante professor norte-americano de investimentos e autor de diversos livros: “Aprenda a operar e o dinheiro virá como consequência. O treinador de cavalos inteligente não sobrecarrega os potros. O treinamento vem em primeiro lugar, puxar cargas pesadas é um dos resultados almejados”.
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